Maio 3, 2024

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Millennium de Portugal apoia PCB apesar dos cortes de participação da Fosun – 23 de janeiro de 2024 04h55 EST

Millennium de Portugal apoia PCB apesar dos cortes de participação da Fosun – 23 de janeiro de 2024 04h55 EST

LISBOA (Reuters) – A chinesa Fosun continuará a apoiar o crescimento do Millennium PCB Bank, de Portugal, disse um porta-voz da Fosun nesta terça-feira, apesar de reduzir sua participação em empréstimos e permanecer confiante no mercado português.

As ações do BCP caíram mais de 7% no início das negociações, depois de a Fosun ter vendido 5,6% do maior banco cotado de Portugal numa oferta privada a investidores institucionais por 235,2 milhões de euros (255,80 milhões de dólares).

Um porta-voz do Millennium PCB disse que a Fosun notificou o banco que “pretende manter uma participação superior a 20%, mantendo-se como acionista de referência do banco”.

A Fosun, que, segundo os analistas, pretende reforçar o seu capital de giro face à pressão da dívida, viu a sua participação no BCP ser reduzida de 29,95% para 25,63% através de uma venda de ações entre 13 de novembro e 9 de janeiro.

A Fosun é o maior acionista do BCP, seguida de perto pela petrolífera estatal angolana Sonangol com 19,49%.

Um porta-voz da Fosson disse que a venda foi “um comportamento normal de investimento… em nenhuma circunstância deve ser interpretada como uma indicação de que a Fosson já não está optimista em relação ao mercado português”.

“O Grupo Fosson continuará a apoiar o crescimento do Millennium PCB”, acrescentou, “tendo em conta a forte subida recente do preço das ações dos bancos portugueses e do Millennium PCB”.

As ações do BCP subiram 87% no ano passado e subiram mais 4% desde o início do ano, para 0,2875 euros na segunda-feira. Foi feita uma oferta privada de 0,2780 euros por ação.

A Fosun detém 85% da Fidelidade, a maior seguradora de Portugal, que detém a Luz Saúde, o principal grupo privado de cuidados de saúde do país.

“Os investimentos da Fosson em Portugal, tal como a Fidelity, continuarão a ser componentes muito importantes para o grupo”, afirmou o seu porta-voz, acrescentando que a venda não está relacionada com qualquer pressão de crédito ou de liquidez após melhorias registadas em ambas as frentes nos últimos anos.

($1 = 0,9195 euros)

(Reportagem de Sergio Gonçalves, edição de Ed Osmond)

Por Sérgio Gonçalves