O aumento de 8,7% observado no primeiro trimestre deste ano foi o aumento anual de preços menos significativo desde o segundo trimestre de 2021.
Acresce que o número de vendas processadas na região de Lisboa atingiu o valor mais baixo desde 2016, para além da quebra de valores registada durante a pandemia.
Segundo o INE, o aumento do índice de preços da habitação foi 2,6 pontos percentuais inferior ao verificado no trimestre anterior.
Apesar deste abrandamento, importa referir que a variação global dos preços da habitação (1,3% face ao quarto trimestre de 2022) aumentou face ao valor de 1,1% registado no final do ano passado.
Menos casas foram vendidas em comparação com 2022
Nos primeiros três meses do ano foram vendidas apenas 34 493 habitações, menos 20,8% do que no período homólogo de 2022, o que representa uma redução de 10,5%. O valor total dos ativos vendidos foi de € 6,9 bilhões, uma queda de 15,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
Quase 85% das casas foram compradas por famílias, representando 5,8 mil milhões de euros. O valor representa a percentagem mais baixa desde o segundo trimestre de 2021, refere o INE.
A percentagem de compradores nacionais está a diminuir
7,2% das compras foram realizadas a compradores internacionais com residência fiscal fora de Portugal. Este valor sobe para 12,7% quando se olha para o valor transacionado.
Dados do INE mostram que nos primeiros três meses de 2023, “as compras de habitação por compradores com residência fiscal em território nacional diminuíram 21,9% face ao período homólogo, para um total de 32 001 unidades”, o que representa 92,8% do total número de transações, “o menor peso da série a partir do primeiro trimestre de 2019”.
A partir do segundo trimestre de 2022, houve uma desaceleração em número e valor de vendas de imóveis nos últimos seis trimestres.
Olhando para a análise regional, o maior número de casas vendidas foi na zona norte de Portugal no início do ano (9924 casas). “Na área metropolitana de Lisboa registaram-se 9761 transações, o que representa as vendas mais baixas da região desde o 4.º trimestre de 2016, com exceção do 2.º trimestre de 2020, devido ao impacto da pandemia de Covid-19”, refere o INE. .
Os preços das casas ainda estão altos, mesmo com a desaceleração das transações
Apesar de menos transações, os preços dos ativos continuam altos na capital. “Entre janeiro e março de 2023, a área metropolitana de Lisboa acumulou 40,6% do valor total das transações de habitação, seguida do Norte com 23,5%”, os valores das transações foram os mais baixos dos últimos dois anos.
No entanto, o INE revelou que “no primeiro trimestre de 2023, todas as regiões registaram uma redução homóloga do número e valor das transações de alojamento”.
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