Abril 29, 2024

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Alemães e portugueses celebram o “Dia da Independência”.

Alemães e portugueses celebram o “Dia da Independência”.

A iniciativa realiza-se na cidade alemã de Frankfurt pelo terceiro ano consecutivo, mas desta vez, “devido à importância da celebração dos 50 anos”, as comemorações são organizadas separadamente. Gri-DpaE não junto com a comunidade italiana, como nos casos anteriores.

“O 25 de Abril é inusitado, uma revolução e um motor de outras revoluções”, disse à Lusa Alfredo Stoffel, presidente da associação que organiza a festa do 27 de Abril.

Estão previstos momentos de salmos, palestras, discursos e uma exposição em colaboração com a Associação 25 de Abril. Um dos pontos da agenda incluía canções e poemas de alunos da Escola Europeia de Frankfurt.

“Esta é uma iniciativa de fora que veio até nós e nos pediu para participar com os seus alunos. Temos também um professor da Universidade de Chemnitz que falará sobre organização democrática e desafios futuros. Manuel Campos (Vice-Presidente da Gri-Dpa ) nos dará um momento musical com canções de abril e de liberdade”, descreveu.

Também deverão estar presentes o prefeito da Câmara Municipal de Frankfurt e o coro da cidade, Heinrich-Heine. A sala tem capacidade para 200 pessoas e os organizadores esperam que alemães e portugueses “não tenham prioridade”.

“Há muitos alemães que estão interessados ​​na nossa revolução, que estavam em Portugal quando ela aconteceu e continuam interessados ​​nela”, disse o responsável do grupo de reflexão e intervenção da diáspora portuguesa na Alemanha.

Alfredo Stoffel tinha “13 anos e 364 dias” quando eclodiu a Revolução dos Cravos. Na altura ainda vivia em Portugal e lembra-se bem desse dia.

“O dia 25 de abril teve um impacto enorme na minha formação. Eu não seria quem sou se não tivesse vivido aqueles momentos quando era criança. Isso fez com que as nossas posições humanitárias e sociais tivessem um peso diferente daquelas das pessoas que não viveram naquela época”, destacou.

Ele lamenta que para muitos jovens seja “uma data histórica que se aprende nos livros” e um feriado no calendário.

“Se a geração mais jovem soubesse a data histórica desta liberdade, não teríamos partidos de extrema-direita com tanto apoio”, destacou.