De acordo com o ECO, as exportações portuguesas de calçado para os EUA deverão aproximar-se dos 100 milhões de euros este ano, face aos 75 milhões de euros em 2021, segundo a associação APICCAPS, o que é uma “hora da verdade” no mercado norte-americano.
“Com a desvalorização do dólar, este é o momento da verdade para o calçado português, o maior mercado do mundo. Os números confirmam esta escolha estratégica”, mantém a Associação Portuguesa de Calçado, Componentes, Artigos e Substitutos de Couro (APICCAPS) em um boletim informativo “Este é o nosso momento no mercado norte-americano”, da associação, insiste o presidente Louis Onofre.
Segundo dados da APICCAPS, os EUA importaram 2.423 milhões de pares de sapatos no valor de 28.300 milhões de dólares em 2021 (cerca de 28.301 milhões de euros ao câmbio atual), com destaque para a China (participação de 63% em volume), Vietname (22%) e Indonésia (5%) sendo os principais fornecedores.
Ainda assim, salienta que “os grandes players europeus continuam a abrir o mercado”, exemplo disso é o caso português: as exportações vão aumentar 15,1% em 2021, crescendo para 75 milhões de euros no primeiro semestre do ano. , as vendas de calçado nacional para os EUA aumentaram 66% para 54 milhões de euros, sendo cada par vendido a um preço médio de 36,86 euros.
“O mercado americano é, neste momento, o sexto mercado de destino das exportações portuguesas de calçado, mas está particularmente próximo da relevância do Reino Unido”, destacou a associação. Citado pela APICCAPS, a especialista de mercado Leslie Galin aponta os EUA como “uma grande oportunidade para as empresas portuguesas”.
Procurando novos produtos
“Os retalhistas americanos estão à procura de novos produtos e novos players no mercado, capazes de criar parcerias de longo prazo e boas oportunidades de negócio. A procura de novas marcas, novos produtos está a aumentar e Portugal tem todas as características para ter sucesso”, mantém o ex-presidente da empresa de serviços de marketing e eventos de moda UBM.
No entanto, Colin alerta que o foco no mercado norte-americano deve ser consistente: “Nada acontece da noite para o dia. Como qualquer negócio, exige um plano – pelo menos um plano de três anos – e muito comprometimento. Segundo ele, “procurar um representante ou agente local é o caminho mais tradicional, mas também tem riscos”, e o importante é “fazer parte da indústria nos EUA, construindo relacionamentos com compradores ou associações comerciais”.
De acordo com a North American Footwear Dealers and Distributors Association (FDRA), o consumo de calçados nos EUA atingirá um novo pico em 2021. Falando à Global Shoes, o presidente da FDRA, Matt Priest, diz, por um lado, a capacidade de entrega do setor. “Produtos que atendem à demanda” e, por outro lado, “o bom desempenho econômico geral do país”, impulsionado pelo “forte apoio do governo”.
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