SEUL (Reuters) – A Coreia do Norte disse que o fracasso em lançar seu satélite militar no mês passado foi o “maior fracasso” da última grande reunião do partido governista, informou a agência de notícias estatal KCNA nesta segunda-feira.
A reunião plenária ampliada ocorreu entre sexta e domingo, instruindo trabalhadores e pesquisadores a analisar um lançamento de satélite militar fracassado e se preparar para outro em um futuro próximo.
O relatório disse que os responsáveis pelo lançamento do satélite foram “severamente criticados”.
Ele marca a oitava reunião plenária ampliada do Oitavo Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK), o partido governante do país.
Após o fracasso do lançamento, em uma admissão extraordinariamente franca de um problema técnico, Pyongyang disse que o míssil norte-coreano caiu no mar “depois de perder o impulso devido à operação anormal do motor de segundo estágio”.
A Coreia do Norte também prometeu continuar desenvolvendo suas capacidades nucleares e fortalecer a solidariedade com outros países que se opõem ao que chamou de “estratégia dos EUA para dominar o mundo”.
A reunião também discutiu a garantia de auto-suficiência em alimentos, aumentando a produção agrícola do país e atingindo a meta anual de produção de grãos.
No início deste ano, o Ministério da Unificação da Coreia do Sul disse que a situação alimentar no Norte “parece ter se deteriorado”.
O país isolado está sob severas sanções internacionais por causa de seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos, e sua economia foi ainda mais prejudicada por rígidos fechamentos de fronteiras auto-impostos com o objetivo de conter a disseminação do COVID-19.
Separadamente, o relatório da KCNA disse que Kim Yong Chol, que anteriormente atuou como diretor do Departamento da Frente Unida e assessor próximo do líder Kim Jong Un, foi nomeado membro suplente do Birô Político do Comitê Central do Partido.
Um legislador sul-coreano disse na época que Kim foi afastado depois que uma cúpula com os Estados Unidos em 2019 não conseguiu chegar a um acordo. Ele administrou as negociações para a cúpula trabalhando com seu então colega americano e ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
Reportagem de Hyunsu Yim; Edição por Lisa Shumaker e Diane Craft
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