Dezembro 2, 2024

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Centeno, do BCE, diz que risco de incumprimento hipotecário em Portugal é baixo |  WKZO |  Todos Kalamazoo

Centeno, do BCE, diz que risco de incumprimento hipotecário em Portugal é baixo | WKZO | Todos Kalamazoo

Por Sérgio Gonçalves

LISBOA (Reuters) – Apesar de um forte aumento nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), o risco de inadimplência em hipotecas em Portugal permanece baixo porque muitas pessoas estão empregadas, disse o membro do Conselho do BCE, Mario Centeno, nesta quarta-feira.

Em Portugal, cerca de 90% do stock de 1,4 milhões de crédito à habitação têm taxa variável com Euribor a três meses, seis meses e 12 meses.

Ao contrário do que aconteceu na crise da dívida soberana que levou ao resgate internacional do país em 2011, “desta vez a economia portuguesa está pronta para enfrentar uma crise dessas”, disse Centeno, que é governador do Banco de Portugal.

“O risco de incumprimento (das hipotecas) é baixo porque Portugal nunca teve tanta gente a trabalhar na sua história e no passado o país tinha taxas de juro mais altas, pagamentos de hipotecas mais elevados e mais famílias endividadas do que agora”, disse. Uma Comissão Parlamentar.

A taxa mensal de desemprego em Portugal caiu para 6,8% em fevereiro, de uma leitura revisada de 7,0% em janeiro.

Em 2022, foram criados 190 mil novos postos de trabalho, elevando o emprego total para cerca de 3,98 milhões, enquanto os salários por trabalhador aumentaram 7,6%, face a uma inflação anual de 7,8%.

“Apesar da inflação, os salários reais por trabalhador caíram apenas 0,2% e o rendimento disponível real das famílias portuguesas não caiu devido às medidas de apoio do governo”, afirmou.

Centeno disse que 450.000 pessoas a mais estavam empregadas do que em janeiro de 2019 e o salário médio aumentou mais de 200 euros para 1.319 euros (US$ 1.444) por mês.

A percentagem de crédito malparado nas carteiras de crédito dos bancos portugueses caiu para 3% em dezembro, informou o banco central esta quinta-feira.

O BCE elevou sua taxa de refinanciamento pela última vez em 50 pontos-base, para 3,50%, há três semanas.

(US$ 1 = 0,9136 euros)

(Reportagem de Sergio Gonçalves; Edição de Mark Potter)